Instituto Pet Brasil divulga dados consolidados do mercado pet 2014

Cadeia produtiva pet faturou R$ 20,7 bi. Número de criadouros de gatos cresceu 7% no ano passado, em relação a 2013.



O Brasil permanece como uma das principais economias para o setor pet mundial. É o que o Instituto Pet Brasil divulga, por meio de dados consolidados dos mercados brasileiro e internacional de 2014. No ano passado, o faturamento atingiu os R$ 20,7 bilhões. Pet Food permanece como a principal fonte de receita do setor no país, com R$ 11,1 bilhões; em seguida vêm os criadouros que chegaram a R$ 4,1 bilhões. O Pet Serv, a indústria de serviços para animais de estimação, faturou R$ 3 bilhões. Pet Vet (medicamentos veterinários) e Pet Care (equipamentos e acessórios para higiene e beleza) chegaram a R$ 1,2 bilhão e R$ 1,3 bilhão, respectivamente.



Em 2014, o país também teve números positivos em relação a criadouros. Todos os nichos registraram alta, principalmente aqueles de raças puras de gatos - crescimento de 7%, um salto de 358 para 384; e de cães, cujo crescimento foi de 5%, um aumento de 640 para 672 estabelecimentos. Criadouros de aves, répteis e peixes registraram média de 2% de crescimento. De forma geral, entre 2013 e 2014 o número de estabelecimentos cresceu de 482.571 para 487.778. São 119.486 empresas do setor pet no Brasil, que geram 1,722 milhão de empregos. O setor representou, em 2014, 0,40% do PIB nacional.



De acordo com número do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país tem uma população de 52,2 milhões de cães, 22,1 milhões de gatos e 37,9 milhões de aves somando, junto com outros animais (como peixes, répteis e pequenos roedores), mais de 132 milhões de animais de estimação. Em todo o globo, são 1,5 bilhão de animais, dos quais a maioria são peixes e em segundo lugar estão os cães. No ranking mundial, o Brasil está em 4º lugar em número pets e em 2º em cães, gatos e aves canoras e ornamentais.



Mesmo com este contingente de pets, em 2014 o país caiu uma posição no ranking mundial e está atrás dos Estados Unidos (41,8%) e do Reino Unido (6,5%), com 6,3% do mercado mundial, que movimentou US$ 100,4 bilhões, um crescimento de 4,1% sobre 2013. Em 2015, esta distribuição deve permanecer. A previsão é que os Estados Unidos tenham 41,7% do faturamento de US$ 104,4 bilhões, o Reino Unido 6,4% e o Brasil, 5,4%. A queda é devida à alta do Dólar sobre o Real.



“O setor tem, hoje, uma relevância econômica tão forte quanto a linha branca, mas ainda não há esse reconhecimento.  O mercado necessita de incentivos para se desenvolver e profissionalizar a mão de obra”, explica Nelo Marraccini Neto, vice-presidente do Instituto Pet Brasil. “Por isso, trabalhamos para gerar informações que auxiliem a prolongar o convívio entre os pets e humanos, pois cada vez mais pessoas enxergam seus pets como integrantes da família. O que é benéfico, pois essa relação só traz vantagens para ambos”.