Cães de serviço passam por um ano de treinamento com famílias socializadoras

Instituto Pet Brasil apoia trabalho da ONG Cão Inclusão, focada em preparar cães de serviço, animais que atendem pessoas com deficiência de mobilidade ou sociabilidade



Pessoas com a mobilidade reduzida ou com dificuldades de socialização sabem bem os desafios que enfrentam para exercer sua cidadania. No intuito de melhorar a vida desses indivíduos, a ONG Cão Inclusão desenvolveu métodos de treinamento para cães, transformando-os em cães de serviço, destinados a ajudar as pessoas a realizarem tarefas comuns, além de oferecer um enorme suporte emocional e atuar como um facilitador social, inserindo essa pessoa realmente na sociedade, treinado também para chamar ajuda em caso de acidente. O Instituto Pet Brasil (IPB), que congrega integrantes de toda a cadeia do setor pet, apoia este projeto.



O aprendizado desses animais começa com as chamadas famílias socializadoras, responsáveis por mostrar o mundo ao cão de forma positiva e com experiências boas. Por cerca de um ano, os pets acompanham a família onde ela for e de preferência são levados ao trabalho, à faculdade, cursos e viagens. O trabalho é voluntário, mas os interessados devem passar por uma seleção, feita pela própria ONG. É possível se inscrever pelo link http://caoinclusao.com.br/familia-socializadora/. “​Nós visitamos a família, avaliamos a residência, a rotina, se existem outros animais na casa, o comportamento deles e como o filhote poderia ser inserido. É importante que os voluntários estejam dispostos a seguir as orientações da equipe e possam estar com o filhote a maior parte do dia”, explica Sara Favinha, sócia diretora da Cão Inclusão.



O treinamento dos cães é baseado no reforço positivo, ou seja, não há broncas, sustos, dor ou medo. O aprendizado deve ter alegria e motivação.​ Em média, após dois anos, o animal atinge maturidade psicológica para começar a trabalhar efetivamente com um ser humano. As duplas são escolhidas pela análise do comportamento do cão e com qual pessoa ele melhor irá se adaptar. Hoje, a ONG atende só na cidade de São Paulo e dá prioridade a pessoas que tenham uma vida ativa, trabalhem ou estudem, e desejam ter a sua independência aumentada.



Entre as atividades do animal já formado estão aprender a deitar no chão e impedir que uma criança autista fuja, por exemplo. Ou então, avisar o diabético quando há uma grande variação do índice glicêmico e à família de um epiléptico sobre a iminência de um ataque. Já os cadeirantes são auxiliados a abrir e fechar portas e o cão até mesmo leva a eles objetos, como cobertores. “Atualmente, temos cinco animais em treinamento, mas ainda dependemos do financiamento privado para aumentar esse número, o que beneficiaria muitas pessoas, certamente”, explica Sara.



Projeções do IPB indicam que o mercado pet faturou em 2014 R$ 20,2 bilhões. Deste valor, 18% correspondem aos criadouros de animais e 15% aos serviços, valores equivalentes a R$ 3,65 bi e R$ 2,98 bi, respectivamente. “Os altos montantes são devidos ao aumento da percepção do pet como parte da família. Por esse motivo, todo tipo de cuidado é dado a ele. Isso faz com que o seu papel na sociedade seja mais representativo e isso deve ser reconhecido”, diz Nelo Marraccini Neto, vice presidente da unidade comércios e serviços do IPB.





Sobre o Instituto Pet Brasil



O Instituto Pet Brasil tem a missão de promover e fortalecer a relação entre seres humanos e animais de estimação, pois seus integrantes entendem que essa interação é benéfica para a sociedade.



Por meio de projetos de fomento ao conhecimento, empreendedorismo, sustentabilidade e inovação, o Instituto estimula a convivência harmoniosa e sustentável entre os principais atores do setor pet: a indústria, a rede de comercialização, os criadouros, o governo e as entidades do terceiro setor, no intuito de tornar o Brasil uma referência em gestão, políticas públicas inovadoras e exportação de produtos para animais de estimação.



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