Répteis são cada vez mais populares como pets no Brasil

Ao contrário do que se imagina, esses animais são capazes de formar vínculos de afeto com os donos. No entanto, é preciso conhecer suas peculiaridades.



Cada vez mais pessoas procuram répteis como animais de estimação. Segundo o Instituto Pet Brasil (IPB), junto com os pequenos mamíferos, o número desses animais como pets no País é de cerca de dois milhões. Entretanto, ainda são grandes as dúvidas a respeito desses bichos. O veterinário e membro Grupo de Estudos Interação Humano e Animal (GE-INTERHA) da Abinpet (Associação Brasileira da Indústria de produtos para Animais de Estimação, parceira do IPB), Gustavo Bauer, explica que não há semelhanças com a criação de mamíferos. “O maior problema que encontramos é justamente a falta de informação, a principal causa da insuficiência de cuidados básicos. É difícil saber se um réptil, colocado em determinado local, está em sofrimento ou não, ou ainda conseguir identificar se um lagarto ou um jabuti está doente. É necessário conhecer a biologia básica e o comportamento dele para que se tome todas as providências no sentido de garantir sua felicidade e tranquilidade”.



Répteis são muito dependentes do ambiente externo. Por conta disso, são necessários alguns equipamentos como pedras aquecidas, lâmpadas específicas e um terrário que se adeque ao estilo de vida do animal em questão. “Sem dúvida é possível ter uma relação de carinho e apego com esses animais”, defende Bauer. “Só diz que répteis não gostam de carinho e companhia quem nunca teve um. Eles procuram a companhia do dono, caso haja dedicação. Aliás, temos muitos exemplos de iguanas que convivem com animais domésticos tranquilamente, jabutis que compartilham o quintal de uma casa. Claro, alguns deles tendem a fugir se houver oportunidade – assim como ocorre com cães e gatos”.



Qual réptil posso ter?



As espécies que, por lei, podem ser comercializadas como pets são as serpentes como jiboias (Boa constrictor), salamantas (Epicrates cenchria), suaçuboias (Corallus hortulanus) e piriquitamboias (Corallus caninus); os lagartos teius (Salvator merianae) e iguanas verdes (Iguana iguana); e quelônios como jabutis (Chelonoides carbonaria) e tigres d'água (Trachemys dorbigni). “É importante que esses animais sejam comprados de estabelecimentos regulamentados. Os teiús e as iguanas, apesar se serem legais, já não são mais encontrados no Brasil, pois sua venda foi proibida no estado de São Paulo , único lugar onde estavam localizados os criadouros”, explica o especialista.



Instituto Pet Brasil



O Instituto Pet Brasil tem a missão de promover e fortalecer a relação entre seres humanos e animais de estimação, pois seus integrantes entendem que essa interação é benéfica para a sociedade.



Por meio de projetos de fomento ao conhecimento, empreendedorismo, sustentabilidade e inovação, o Instituto estimula a convivência harmoniosa e sustentável entre os principais atores do setor pet: a indústria, a rede de comercialização, os criadouros, o governo e as entidades do terceiro setor, no intuito de tornar o Brasil uma referência em gestão, políticas públicas inovadoras e exportação de produtos para animais de estimação.



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